terça-feira, maio 24, 2005

O Nó.

É incrível a quantidade de pessoas que andam e passam pela nossa vida sem que a gente lhes diga o quanto elas de facto significam para nós. É incrível a quantidade de tempo que passamos com as pessoas sem nunca lhes dizer o quanto gostamos delas.
Nós sabemos, e às vezes até o queremos dizer, porém, vamos adiando sempre a revelação do quanto elas são importantes para nós. Deixamos para amanhã. Temos vergonha de expressar os nossos sinceros e mais profundos sentimentos em relação a alguém ou então, na correria do dia-a-dia, nem ligamos à importância que essas mesmas pessoas têm para nós. Acabamos por subvalorizá-las. E depois, e depois a fragilidade da vida dá sinais de si e vemo-nos sem essas mesmas pessoas, de uma forma momentânea ou eterna. Aí pensamos. Pensamos que poderíamos ter dito muito mais do que alguma vez dissemos, e de que poderíamos ter aproveitado muito mais daquilo que tivemos.
A vida passa tão rápido, e às vezes só é preciso querer para que ela pare um momento, um momento vital para que se prolongue na eternidade do nosso Eu.
Fica sempre tanto para dizer.

Eu ( ainda ) gosto de ti.