segunda-feira, maio 23, 2005

Ausência.

'Passaste a vida a falar-me de amor. Mas tu nunca soubeste amar.
Brincavas com as palavras e mentias com elas vidas inteiras como se nada mais existisse. Mas tu não conseguias sentir o que dizias.
Mentias vidas sem fim. Mentias até acreditares no que dizias. E eu acreditei contigo e dei-te a minha vida como se todos os momentos fossem perfeitos. E esperei.
Esperei estações atrás de estações até a minha espera perder-se nos anos que se esfumaram. E depois partiste.' - Geadas, Carlos (2004), 'Esta Ausência', Os Dias de Um Homem Banal, Coolbooks.