E Tu?
Nunca conseguirei compreender o facto das pessoas se darem a relações constantes só para não enfrentarem a realidade de estarem sozinhas. Quer seja por pouco ou muito tempo.
Na minha opinião o amor surge naturalmente onde a sua característica primordial é a empatia entre dois seres, aliás, não consigo conceber o amor sem ser na base de uma empatia, numa profunda empatia, contudo, basta-nos olhar para o lado e ver que há constantes "falsas" empatias.
As pessoas têm relações simplesmente por ter, têm medo de se ver sozinhas no mundo enquanto os outros têm alguém, nem que seja só para fazer a lida doméstica, para acompanhar ali ou acolá, ou para libertar o libido acumulado.
Todos os dias vemos pessoas juntas que gostam umas das outras, isso é ou pode ser verdadeiro, porém, para além dessa atracção, desse sentimento, não há nada que as una, ou será que há?
Eu olho para o lado e vejo montes de pessoas que têm relações e são felizes neste momento, mas eu pergunto-me, será que irá ser assim para sempre? – Claramente que não. Penso que há uma altura onde de facto será vital encontrar pontos de vista, gostos, emoções similares, caso contrário a relação começará a ceder. O simples gostar de uma pessoa não vai faze-la feliz ou sentir-se bem. É preciso numa determinada altura enveredar para um caminho e muitas vezes esse caminho é trilhado por opções pessoais, gostos. É muitas vezes aí que se apercebem das diferenças entre as duas pessoas e a corda começa a esticar. Vai esticando que chega a um dia que irá inevitavelmente quebrar. Para evitar que a corda estique e quebre é preciso tempo, muito tempo. Demora muito tempo a conhecer uma pessoa, pode levar anos, mesmo assim não se conhecer bem a pessoa em questão. Claro que, é impossível conhecer uma pessoa na sua plenitude, contudo, a ideia que quero fazer passar é que é preciso muito tempo para de facto se ser feliz e essa felicidade passará por uma profunda empatia entre as duas pessoas criando uma espécie de simbiose entre ambas. Quando atingido este nível eu penso que de facto se pode e se é feliz.
É bom ter alguém que nos acompanha no dia-a-dia, vibra com aquilo que nós gostamos pois ela também gosta. É bom partilhar aquele livro a meias, a meias sentir as palavras ali descritas, é bom visualizar e sentir um filme de igual maneira, é bom discutir as letras de uma música ou ir a um concerto que ambos desejam e vivem intensamente, é bom discutir o quotidiano, é bom gostar.
Amar é bom. É ser cúmplice do outro. Cometer o crime juntos, mantendo segredo do pecado. É viver intensamente o outro. Querer conhecer, vibrar, sentir tudo de igual maneira ou mais aos olhos do outro. É querer conhecer tudo o que parceiro conhece, dar-lhe a mostrar o que conhecemos, ir até ao limite. Vibrar, vibrar, vibrar, amar.
Isto tudo não é fácil, não, não o é, infelizmente. Se o fosse não havia psicólogos, divórcios, advogados, prozac. Mas é porventura muito melhor ter uma relação assim do que claramente uma mão cheia de estórias para contar de múltiplos parceiros.
Eu gosto de estar sozinho, gosto. Gosto de acordar de manhã e saber que posso fazer o que me dê na telha. Gosto de saber que posso encontrar a minha "empatia" por aí perdida a qualquer altura sem estar condicionado a nada. Não tenho pressa, nunca a tive. Sei que ela anda por aí perdida, nos estilhaços do dia-a-dia e mais tarde ou mais cedo ela surge. Não a procuro, vai ser algo natural, senão surgir não faz mal, ao menos sei que segui sempre as minhas regras. É bom ter regras que se seguem, muita gente não as tem hoje em dia.
Gosto de pensar que sou diferente dos outros Não quero ser igual isso é ser o que eu não sou.
‘Eu sou um frustrado, e vocês são uns montes de merda a viver historias de amor ridículas...’
Na minha opinião o amor surge naturalmente onde a sua característica primordial é a empatia entre dois seres, aliás, não consigo conceber o amor sem ser na base de uma empatia, numa profunda empatia, contudo, basta-nos olhar para o lado e ver que há constantes "falsas" empatias.
As pessoas têm relações simplesmente por ter, têm medo de se ver sozinhas no mundo enquanto os outros têm alguém, nem que seja só para fazer a lida doméstica, para acompanhar ali ou acolá, ou para libertar o libido acumulado.
Todos os dias vemos pessoas juntas que gostam umas das outras, isso é ou pode ser verdadeiro, porém, para além dessa atracção, desse sentimento, não há nada que as una, ou será que há?
Eu olho para o lado e vejo montes de pessoas que têm relações e são felizes neste momento, mas eu pergunto-me, será que irá ser assim para sempre? – Claramente que não. Penso que há uma altura onde de facto será vital encontrar pontos de vista, gostos, emoções similares, caso contrário a relação começará a ceder. O simples gostar de uma pessoa não vai faze-la feliz ou sentir-se bem. É preciso numa determinada altura enveredar para um caminho e muitas vezes esse caminho é trilhado por opções pessoais, gostos. É muitas vezes aí que se apercebem das diferenças entre as duas pessoas e a corda começa a esticar. Vai esticando que chega a um dia que irá inevitavelmente quebrar. Para evitar que a corda estique e quebre é preciso tempo, muito tempo. Demora muito tempo a conhecer uma pessoa, pode levar anos, mesmo assim não se conhecer bem a pessoa em questão. Claro que, é impossível conhecer uma pessoa na sua plenitude, contudo, a ideia que quero fazer passar é que é preciso muito tempo para de facto se ser feliz e essa felicidade passará por uma profunda empatia entre as duas pessoas criando uma espécie de simbiose entre ambas. Quando atingido este nível eu penso que de facto se pode e se é feliz.
É bom ter alguém que nos acompanha no dia-a-dia, vibra com aquilo que nós gostamos pois ela também gosta. É bom partilhar aquele livro a meias, a meias sentir as palavras ali descritas, é bom visualizar e sentir um filme de igual maneira, é bom discutir as letras de uma música ou ir a um concerto que ambos desejam e vivem intensamente, é bom discutir o quotidiano, é bom gostar.
Amar é bom. É ser cúmplice do outro. Cometer o crime juntos, mantendo segredo do pecado. É viver intensamente o outro. Querer conhecer, vibrar, sentir tudo de igual maneira ou mais aos olhos do outro. É querer conhecer tudo o que parceiro conhece, dar-lhe a mostrar o que conhecemos, ir até ao limite. Vibrar, vibrar, vibrar, amar.
Isto tudo não é fácil, não, não o é, infelizmente. Se o fosse não havia psicólogos, divórcios, advogados, prozac. Mas é porventura muito melhor ter uma relação assim do que claramente uma mão cheia de estórias para contar de múltiplos parceiros.
Eu gosto de estar sozinho, gosto. Gosto de acordar de manhã e saber que posso fazer o que me dê na telha. Gosto de saber que posso encontrar a minha "empatia" por aí perdida a qualquer altura sem estar condicionado a nada. Não tenho pressa, nunca a tive. Sei que ela anda por aí perdida, nos estilhaços do dia-a-dia e mais tarde ou mais cedo ela surge. Não a procuro, vai ser algo natural, senão surgir não faz mal, ao menos sei que segui sempre as minhas regras. É bom ter regras que se seguem, muita gente não as tem hoje em dia.
Gosto de pensar que sou diferente dos outros Não quero ser igual isso é ser o que eu não sou.
‘Eu sou um frustrado, e vocês são uns montes de merda a viver historias de amor ridículas...’
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